sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A tentação da geoengenharia


Há basicamente dois tipos muito diferentes e separados de ações classificadas como geoengenharia. A primeira, redução do CO2, envolve remover da atmosfera o principal gás causador do aquecimento global. Em geral, é uma boa idéia, mas até agora, parece cara, e ninguém projetou um sistema que sequestre o carbono e o mantenha fora da atmosfera. As propostas de redução incluem árvores artificiais que usam produtos químicos para capturar o CO2, e depois os mandam para baixo do solo ou para baixo do oceano, plantar árvores de rápido crescimento e depois enterrá-las, e fertilizar o oceano com Ferro para o plâncton crescer mais rápido, com a esperança de que eles chegarão ao fundo do oceano. A última idéia não parece funcionar, e pode danificar o ecossistema do oceano, mas a alternativa está sendo muito bem estudada.

A outra idéia de geoengenharia, a administração de radiação solar, prevê o esfriamento da terra pela implantação de espelhos no espaço, bombeando spray de sal de navios para as nuvens para fazê-las mais brilhantes, ou preencher a estratosfera com uma nuvem de ácido sulfúrico. Há outros problemas com a administração de radiação solar na atmosfera. Não há como decidirmos em qual temperatura a terra deveria ficar. A mão de quem deveria controlar o termostato?

E se o Canadá quisesse que a terra fosse mais quente, enquanto o Nordeste quisesse mais frio? E se a tecnologia fosse usada para propósitos militares? Você seria feliz sem um céu azul, ou sem nunca mais poder ver as estrelas?

Mas a geoengenharia não é uma solução mágica para redução de CO2. Agora mesmo, parece ainda mais perigoso. Logo os governos comecem a empurrar o mundo nessa direção, temos uma grande chance de salvar nosso planeta sem a geoengenharia.

Um comentário: