terça-feira, 9 de agosto de 2011

A pedido

Recebi um e-mail com o texto abaixo, pedindo pra mim ler e se possível fosse, publicar no blog. Gostei e ta ai. Agora é só debater.

O e-mail era o seguinte:

Gosto muito dos textos e da ênfase que dão ao blog o Dia-bético. Utilizando um pseudônimo e mantendo meu anonimato, gostaria de passar por uma triagem e se possível, que fosse publicado esse texto. Grande abraço.

Usuários do Twitter

Uma das funções mais incríveis do twitter é a de podermos conhecer melhor a maneira de pensar da nossa população. A famosa lista dos 10 mais (o trending topics) ganhou tamanha força que é capaz de cair na mídia quase em tempo real, causando uma influência muito grande, principalmente pelo fato de ser aberta a opinião daqueles milhões de seres. O que anda assustando/revoltando a população atualmente é a permanência quase que diária dos maiores ídolos teen da atualidade nessa lista. Esses fãs estão se mostrando fieis, mas também muito agressivos quando se sentem confrontados ou atingidos.

Tags ofendendo poderosos canais, apresentadores e outros artistas estão se tornando habituais, e penso que as pessoas não estão dando a devida importância para isso. Se analisarmos bem, os maiores usuários do twitter são os adolescentes, sim, os nossos futuros cabeças pensantes. E quando eu falo da falta de importância me refiro que os adultos/políticos/influentes/ estão virando as costas para esses jovens, deixando que esse movimento ganhe mais e mais força, sendo às vezes comparados como os “Novos Hippies”, um novo movimento.

Lembro que em 1966 o músico jovem e maior ídolo teen da época, John Lennon, declarou que “Os Beatles eram mais famosos que Jesus Cristo”. Na época a população mundial se revoltou muito, e os Beatles foram quase esmagados, discos queimados, músicas banidas, fama despencando, o que obrigou uma retratação urgente dos mesmos. Naquele momento a população colocou esse ídolo teen no seu devido lugar, mostrando que ele era muito amado e adorado pelo seu trabalho, mas que isso tudo não o daria o poder ou direito de declarar algo assim e sair impune.

Minha pergunta que fica à vocês é essa: “Qual seria a reação da Família Restart, as Luan Santanetes ou amantes de Justin Bieber se eles realizassem a mesma declaração? Será que a mídia (declarando sua revolta) não seria sufocada pelos TT’s mais uma vez como vemos toda semana, e acabaria voltando atrás? Será?

Eu acho isso tudo muito grave, vamos refletir juntos...

O Charquiano.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Vamos ajudar?


As fortes chuvas da última semana resultaram em enchentes nas margens dos rios, e não é preciso ir muito longe pra enchergarmos o problema, andei pela Beira do Rio aqui de Charqueadas e a situação é horrível. Os moradores estão tirando os móveis de dentro de casa, a maioria das roupas estão molhadas. No momento a única coisa que podemos fazer é ajudar, eu pilho muito numa ação pra arrecadar agasalhos e roupas de cama, o pessoal ta precisando mesmo. Eu sei que a galera é do bem e vai ajudar, eu mesmo to enchendo uma mochila de roupas e vou lá doar pro pessoal, quem quiser contribuir me da um grito ai, 98171416 ou pelo @barrapatrick. VAMOS AJUDAR!

** A foto é daqui de Charqueadas mesmo, não é nada do Google, foi eu mesmo quem tirou.

sábado, 16 de abril de 2011

Costumes

A maior verdade do mundo é que não estamos preparados para nada, isso mesmo. Nem para as coisas boas, muito menos para as ruins.
Onde quero chegar com isso?
Nas fases que passamos no decorrer da vida, o momento que vivemos nunca é o melhor, ele pode se tornar bom só depois de vivido, nunca vai ser perfeito no presente, vamos nos dar conta de que foi bom, quando tivermos passado por aquilo. E ai reclamamos, dizemos que "eramos felizes e não sabíamos" essas coisas, mas a verdade é que não estamos nunca prontos para essas mudanças. Hoje já fazem 19 meses que convivo com as agulhas das minhas injeções diariamente e até agora não me acostumei com elas e acho que nem vou me acostumar, mas elas não me largam hoje, não me largaram ontem e não vão me largar amanhã...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

"Rí coração, triste palhaço"

Então, paramos pra pensar. Quantas coisas nós, ainda crianças, suportamos. Você talvez não tenha fortes lembranças, mas é muito provável que se não você mesmo, alguém próximo não esqueça nunca de como sofreu, numa época onde nós só devemos conhecer alegria.
Assunto batido? Sim. Resolvido? Nem perto disso.
É uma necessidade tão forte a de se sobressair? Crianças podem ser cruéis, isso é fato. Quando as diferenças são notáveis, quando os valores da nossa sociedade se invertem e educação é passada dos pais para a escola, o que resta? Religiões que dizem o que podemos, dogmas ultrapassados, seguidos por pessoas que pararam no tempo e não enxergam as mudanças mais aparentes.
Em matéria de preconceito, qualquer um pode tirar nota dez. Menino educado é gay, e ser gay é errado, negro é feio, menina com dislexia é burra, deficiente é inferior. Falta igualdade nos currículos, falta capacidade de educar o mundo, para o real, e não para uma fantasia crente. Exaltamos-nos com atos covardes de adultos com problemas psicológicos, mas quando vamos começar a agir na raiz destes problemas?
Na próxima vez que for trocar palavras com uma criança, pense duas vezes antes de rir dela, porque rir com ela seria, além de mais cordial, faria ela mais feliz.

Depois de muito tempo, hoje eu quis postar.

Pois saibam, vocês, que eu queria parar de querer. Queria parar de querer as fantasias do talvez e escrever sobre aquilo que eu tenho, aquilo que eu vivo e ser plenamente contente. Não consigo não querer, mesmo sendo querer não querer.

É complicado distribuir as palavras corretas com suas devidas concordâncias sobre uma idéia sem desejar aquilo que une nas frases, mais difícil ainda é não idealizar como seria sem querer. Não dá, eu quero. Sempre eu quero o de sempre.

Vou querer querer, inevitavelmente.

Quero um almoço em família, com família grande e conversas altas; quero ajudar o irmãozinho do meu futuro namorado com os desenhos da escola; quero andar em uma rua úmida fotografando os troncos das árvores; quero acordar em um domingo gelado de julho e saber que não preciso acordar agora. Mais que tudo, quero estar satisfeita e feliz, mas acho que não vou conseguir provar desse bem agora. Não posso parar com meus anseios dos 20 minutos do primeiro tempo, tenho muito tempo de jogo pela frente.

Então, por fim, um dia, aos 43 do segundo tempo vou parar, parar e olhar em volta e querer tem querido e fantasiar as certezas que eu tive e ser plenamente contente até com o descontente.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Definitivamente, época errada.

Ligue o rádio, comercial. Ligue a TV, comercial. Saia na rua, comercial.
Hoje não sabemos: o que temos é aquilo que precisamos, ou aquilo que nos convencem que queremos? Qual a magia de ir ao cinema, se muitos de nós temos grandes aparelhos que fazem com que o simples ato de ver o jornal, seja um momento de luz imagem e ação? Qual a graça de baixar uma música da internet adicionar numa pasta sem ao menos prestar atenção em, por exemplo, a sua influência? Porque damos tanto valor a quantidade e esquecemos algo tão essencial quanto a qualidade?
Modernidade, globalização... Somos a favor, ciências humanas e exatas agradecem, mas porque não pensamos no que isso nos custa? São poucos de nós que percebem que mesmo entre todo o conforto que temos, sentimos uma falta inconsciente de dificuldade. Dificuldade aquela que nos faz valorizar e atribuir sentimentalismo às coisas materiais. Que nostalgia irracional que sentimos quando pessoas mais velhas falam sobre suas infâncias, aquela ingenuidade de correr na rua sem ter medo de carros, subir em árvores que hoje mal vemos ou percebemos, brincar com animais e não com máquinas.
Não podemos negar os benefícios que nos trouxe essa revolução industrial, porém quanto tempo vai levar para que o mundo de uma forma saudável se dê conta daquilo que perdemos quando ganhamos todo esse banho de tecnologia. O medo que nos abate quando falam em inteligência artificial, somos dotados de um incrível potencial natural, por que ficamos tão fascinados por construir algo que pense por nós? Será o próximo passo da nossa geração? Fazer com que até mesmo o nosso maior bem se torne obsoleto?

Que saudade dos vinis dos Beatles que nós nunca vamos ter.