quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Faça vento!


Vou falar de pessoas acomodadas. Não, não aquelas que quando oferecemos uma mão logo querem o braço inteiro, e, sim, aquelas as quais não mudam. Não fazem vento, como diria meu pai.

O que eu mais vejo são apelos contra miséria e fanatismos, pró legalização da maconha e cuidado dos animais de rua. Duvido que alguém se disponha a tirar do bolso o custo para alimentar um necessitado, que não idolatre alguém, que seja a favor da maconha a deriva e não a utilize, ou quem vê um cão abandonado e o pegue para criar. Existem exceções, sim, porém como diz: a regra tem SUA exceção. Uma única. Caso tu defendas algo, por favor, o pratique.

Não, eu não faço muita coisa para ajudar, faço o que posso. Não me acomodo somente em uma idéia de salvação, em um discurso de revolucionar o mundo e acabar com a fome na África. É ai que entram os acomodados: quem não faz nada. Se esse alguém está descontente com algo está descontente e mantém sua opinião, entretanto não faz nada para que ela aconteça. Não muda, não ergue o braço, simplesmente o mantém cruzado e gasta saliva. Pseudos. Se a vontade de revolução é tão grande, porque não fazer aquilo que fala? Sem contradições da minha parte: faço o que posso. Posso plantar uma árvore, logo a planto.

O último tópico aqui é sobre os acomodados a acomodação. São seres nulos. Nada defendem, nada fazem, seguem à custa do “tudo bem”. É a pessoa que concorda e vive sem um ideal, sem uma opinião, apenas está contente com o que está acontecendo e vivendo. Deixa de ser um acomodado do nível pseudo – fala e gesticula tanto e menos faz aquilo que acredita – e passa ser um nada. Alguém que não se encaixa em nenhuma parte do debate em quem constantemente vivemos, sua (inexistente) opinião é baseada no quão anda sua vida: o salário sustenta, sua rua foi arrumada pela prefeitura e sua saúde consegue ser bem atendida no hospital. Ótimo. Ou em quão anda sua vida: o salário dá para o feijão, a rua não é asfaltada, mas dá para andar e a saúde anda dando para respirar, já que o hospital não anda dando muita coisa. Neste caso, a culpa é do governo, não vai adiantar eu tentar mudar minha vida arrumando um emprego melhor para aumentar meu salário e ter melhores condições, a culpa é desse presidente que não da mais dinheiro no Bolsa Família. É a vida que eu tenho, é a vida que eu vou levar.

Sei que estou usando muito os “dois pontos”, mas vou repetir: não se acomode, faça alguma coisa! Pois faça aquilo que PODE fazer. Não prometa ao mundo ser o próximo Che Guevara, prometa que vai pôr o seu lixo no lugar que deve; que vai dirigir adequadamente o seu carro ou que, pelo menos, vai tratar bem as pessoas do seu ciclo social. Aconteça por ti!

Se eu posso plantar uma árvore, logo a planto. Se eu posso escrever um livro defendendo aquilo que eu penso, logo o usarei para fazer meu vento. Não faço muita coisa para ajudar, faço o que posso. Detalhe: mas FAÇO.

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